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Sejam bem vindos ao Meu Mundo Subjetivo!

domingo, 30 de março de 2014

Quase conto 3



Desengonçada criou um grupo




Depois de muita interação com  os internautas, Desengonçada resolveu criar um grupo no Facebook.  Acreditava que podia aprender muita coisa de internet e a linguagem falada  nas redes, além de agradar alguns  fãs. E competir com outros moderadores de grupos e blogs, sabe-se que há concorrência dentro e fora do mundo virtual.

Então surgiu o grupo  Desengonçado, nele todas as pessoas desengonçadas  eram livres para deixar comentários e sugerir novidades no grupo. Foi feito pensado nas pessoas rejeitadas, nele todas podiam ser como é, sem vergonha alguma.

Também criou um cantinho  para pessoas  ‘aprumadas’, queria que toda pessoa tivesse oportunidade  de participação, mostrar sua opinião  e... foi nesse instante, quando lia alguns comentários, que ela se deu conta de que estava segregando seu público.

Mesmo  sendo um grupo aberto, havia divisão de público. Criou grupos dentro de um mesmo grupo. Igualzinho na sociedade que há divisão e subdivisões de classes sociais. Sistemas e subsistemas. Não somos vistos como espécies interdependentes na biosfera. Somos uma diversidade, mas totalmente dependentes de cada outra espécie, dos elementos que geram e moderam a vida no planeta. Nada somos sem os outros.

Foi lendo “Deixe seu comentário desengonçado aqui” que ela acordou para o espaço discriminação. Lembrou-se  do quanto é insuportável ter pessoas avaliando, rotulando, dizendo se alguém cabe ou não em determinado grupo.

Justamente ela, estava a repetir aquilo que mais a incomodou a vida inteira. Por isso tomou uma atitude: desfez o grupo. Ou seja, deixou o grupo sob  nova administração e parou um pouco suas atividades nas redes.
Uma coisa estava muito clara para ela: aquele não era o caminho, estava indo bem de um lado e por outro, desviava-se de seus princípios.


....Frag-men-tos....Meus....


*Desengonçada quer saber: Na sua opinião, o que traz sucesso ou insucesso aos grupos criados nas redes sociais?




domingo, 23 de março de 2014

Quase conto 2



A fama inesperada



De  tanto falarem dos defeitos dela ou da genialidade na pessoa errada. Desengonçada ganhou (má)fama, suas criações caiu nas graças do povo. Seu público era extremamente variado.

As pessoas gostavam justamente de seu jeito desajustado, daí surgiu a perfeição: jeito impulsivo, meiguice e muito estilo em suas “avoações”. 
Perfeita do jeito dela. Não vive se comparando. Sabe o que tem de melhor. Por isso não vive apelando, pedindo reconhecimento. Este virá em algum momento. Sempre lembrava de um professor do Ensino Fundamental, que sempre dizia:  "quando somos bons mesmo são as pessoas que fazem questão de nos mostrar".

E-mails de todos os cantos do mundo, ela começou a receber. Todos tinham uma história que parecia com a dela. 
Eram pessoas rotuladas, fora de algum tipo de padrão. No mundo das diferenças as pessoas vivem buscando a igualdade, não de ter os direitos garantidos e respeitados.

Mas a de pertencer a certo grupo, ser considerado capaz.  Mais alto,  mais bonito. Carismático (a). Popular  nas redes sociais.
Não  há muito respeito aos diferentes talentos. É tipo assim: se não se enquadra  passe a diante!

Como toda celebridade, que agora ela passou a ser, há quem goste de seu estilo avoado e há aqueles que  o reprove. 
O que vale é ser aceito, não no mundo das glórias. Na vida tudo é passageiro. Aprendemos o tempo inteiro.

Se para os outros tudo o que importava era sucesso, para Desengonçada o importante era ser feliz. Admirada ou não, ela sabia que a perfeição e ser exatamente como é.
Ela somente deseja voar, pousar nas flores, sentir outros sabores, embriagar-se com milhões de olores. Viver e amar. 
Embora, nem sempre seja fácil viver aquilo que se deseja. Em algumas situações, faz-se necessário um adaptar (temporário?).




....Frag-men-tos....Meus....


*Desegonçada pergunta e você responde comentando: Como blogueiro (a) estreante, como se sentiu na blogosfera?

quarta-feira, 19 de março de 2014

Meu Presnte de Março



Em Março



Ela veio ao mundo

Deixou de ser menina
Disse ter orgulho de mim

Contou-me um segredo

Em Março...


Há  dezessete anos  

Recebi a missão de acalentá-la

Protegê-la e sorrir

Foi aí que compreendi

O sentido de ser chamada Mãe


Ainda estava na barriga

E dizia coisas que eu entendia

Trouxe alegria e medo
Felicidade incomum 
Tanta novidade
Incertezas...

Aprendemos a cada dia

Sem ela não sei como viverei

Antes dela não sabia que viver

Precisa de sentido concreto
Num caminho misterioso
Oasis do amor
Missão dada pelo Criador




....Frag-men-tos....Meus....

domingo, 16 de março de 2014

Quase conto 1



Desengonçada

Desengonçada


Ela era linda, incrivelmente criativa. No entanto, suas ideias não eram organizadas. Eram desengonçadas. Faltava-lhe um toque  de requinte (?).


Ainda assim, tinha um charme singular, até quem não queria olhar olhava. Sem saber, até admirava sua meiguice e simplicidade, mesclado com momentos de impulsos. Coisa que somente o tempo, ajuda necessária e muita paciência poderia lapidar. Na hora certa, transformar.
Riam de seu jeito desengonçado de ser. Invejavam suas criações. Ideias como aquelas não deviam nascer numa cabeça tão avoada. Mas em mentes iluminadas.
Queriam para si aquelas formidáveis ideias. Mesmo sendo bela e criativa não cabia nos grupinhos dos intelectuais. Estava à margem, estereotipada. Rotulada.
Como na escola, as pessoas criam mundinhos e neles só cabem  as pessoas habilitadas. Aquelas com as quais compartilham de iguais interesses e rola uma afinidade. Quem não  atende aos requisitos está fora.
Não queriam a senhorita Desengonçada no meio deles, dela somente riam. Alguns até disfarçavam. A  julgavam burra, já que era tida como avoada.
Ela fingia não ver. Uma das coisas que a vida lhe ensinou foi que até para revidar deve-se analisar se vale a pena. Em quem estaria o problema? Certamente não era nela.
Estavam tão seguros de suas potencialidades que nem percebiam:  se ela pertencia ao grupo das desengonçadas, eles pertenciam ao grupo das ‘Maria vai com as outras’.  Tinham intensa necessidade de pertencer àquele mundo. Sobreviviam de aplausos.
Cada um tem seu lugar, suas habilidades e necessidades. Embora, toda pessoa seja livre para e escolher e perceber como e quando voar. Pois, mais importante que a velocidade é a direção na hora fazer mudanças, como dizia  na frase que ela leu da Clarice Lispector. Mude, mas devagar!
 Há tempo para cada coisa e tudo tem um sentido de ser.
Desengonçada estava no tempo de aprender a  conhecer a si  mesma.  Sem a clareza de quem é, não podia ver as pessoas do modo que elas são.Estamos todos sujeitos a cometer enganos.


....Frag-men-tos....Meus....